Cooperativa do ES tem projeto com orçamento de mais de US$ 1 milhão aprovado pelo BID
Publicado em: 07 junho - 2022
Um projeto com orçamento de US$ 1,1 milhão que pretende aprimorar a cadeia produtiva de pimenta no Norte do Espírito Santo será executado pela Cooperativa dos Produtores Agropecuários da Bacia do Cricaré (Coopbac), localizada em São Mateus. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou o projeto e disponibilizará 850 mil dólares à cooperativa, cerca de 80% do orçamento. A Coopbac complementará o recurso com 250 mil dólares.
O projeto foi elaborado pela Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com o apoio da Coopbac. Após estruturado, o escopo foi encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para apresentação ao BID, que aprovou a proposta. Isso porque a cooperativa participa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Agropecuário do Nordeste (AgroNordeste), que incluiu o Espírito Santo em sua área de abrangência pelo fato de o estado pertencer à zona contemplada pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Dentro do AgroNordeste, por sua vez, há o projeto Arranjos Produtivos Locais (APL), que atua em territórios prioritários, um dos fatores que permitiu a aprovação do projeto da Coopbac.
“Diante da necessidade de tornar as nossas cadeias produtivas de pimenta mais organizadas, eficientes e ampliar nossos canais de comercialização, obtivemos essa conquista junto ao BID, por intermédio do AgroNordeste e do APL. O recurso será usufruído diretamente pelos nossos cooperados e será irradiado para vários pipericultores do Espírito Santo”, comemora o presidente da Coopbac, Tomas Batista Silveira.
O projeto será aplicado por quatro anos na cadeia produtiva da Coopbac e buscará mitigar problemas que reduzem o ganho de lucratividade e eficiência no processo produtivo da pimenta. Cada ação proposta visa sanar um gargalo que dificulta a aplicação de boas práticas agrícolas no processamento das pimentas.
O ponto de partida dos trabalhos técnicos serão as unidades familiares rurais, por meio de capacitações, mas a equipe envolvida no projeto também irá acompanhar e orientar a fase de preparação e agregação de valor ao produto. Assim, a pimenta poderá ser negociada em condições mais favoráveis pela cooperativa, considerando o ganho em termos de escala e de qualidade.
De acordo com o diretor administrativo da Coopbac, Erasmo Negris, os recursos serão aplicados em conformidade com as metas e ações pré-estabelecidas em plano de negócios do projeto. “O plano de negócios tem um orçamento pré-aprovado. Esse documento relaciona os períodos de execução e de aplicação dos recursos com as metas e ações estipuladas”, esclarece Negris.
Fonte: Portal Conexão Safra
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