MISSÃO TÉCNICA: Brasileiros conhecem fontes de energias renováveis usadas por cooperativas alemãs
Publicado em: 24 outubro - 2016Cooperativistas brasileiros realizaram de 17 a 21 de outubro, uma visita técnica na Alemanha para conhecer fontes de energias renováveis utilizadas pelas cooperativas daquele país.
Ao todo são 16 pessoas, entre as quais, profissionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Sistema OCB/RJ, Sicoob, Sicredi, Unicred, Sistema Ocepar, das cooperativas paranaenses C. Vale e Castrolanda, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da empresa Giz/Ideal, além de representantes da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), que organizou a missão técnica.
Visita – Na segunda-feira, os brasileiros estiveram na Confederação das Cooperativas da Região da Bavária (GVB), onde conheceram a estrutura organizacional, os modelos de cooperativas de energia e o mercado de energia na área de atuação da GVB. “As cooperativas de eletrificação rural iniciaram suas atividades há mais de 100 anos. Elas foram as propulsoras do cooperativismo no interior da Alemanha. Atualmente, são 261 cooperativas de energia, entre as quais 111 fotovoltaica, 18 de biogás, 16 de serviços e 5 éolicas”, afirmou o engenheiro agrônomo e assessor da área de meio ambiente do Sistema Ocepar, Silvio Krinski, que integra a delegação.
Consumo de energia elétrica – Ainda de acordo com ele, naquele país, o consumo de energia elétrica, em 2015, foi de 651,8 bilhões kWh. Deste total, 30% é proveniente de fontes renováveis, 14,4% nuclear, 41,9% carvão mineral, 9,1% gás natural e 4,8% outros. O 30% de energia renovável são divididos em 12% éolica, gerada na terra, 1,3% éolica, gerada no mar, 6,8% biomassa, 3% hídrica, 5,9% fotovoltaica, 0,9% reciclagem de lixo e 0,27% geotérmica.
Roteiro – O assessor da Ocepar informou ainda que a missão técnica na Alemanha inclui visitas a cooperativas de energia renovável (fotovoltaica e biogás), para que os brasileiros possam obter uma visão geral do trabalho que realizam, desde sua constituição até seu funcionamento profissional. Eles irão ainda a uma instituição central de apoio às cooperativas de base, que atua nos negócios e na comercialização da energia gerada e visitarão também bancos cooperativos, para conhecer os produtos e modelos para financiamento de projetos de energia renovável, além de outras formas e organizações para o financiamento. “Ao final, haverá um momento para discussão e reflexão entre os participantes do que foi visto e possíveis transferências ou adaptações no Brasil”, ressaltou Krinski.